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Aprendendo a evoluir sempre mais

Vejo a vida como um contínuo e fascinante processo de crescimento em todas as dimensões: sensoriais, emocionais, intelectuais, morais. Quanto mais vivemos, podemos avançar no desenvolvimento de maior autonomia e liberdade em todos os campos; podemos ser mais humanos, acolhedores, compreensivos com as muitas situações que se nos apresentam. De que vale aprendermos muitas coisas se não contribuem para que sejamos pessoas mais livres, abertas, realizadas? Num mundo com tantas oportunidades sedutoras que podem tornar-nos dependentes é uma arte conseguir caminhar na direção de estágios superiores de libertação, de desenvolvimento de níveis mais complexos de percepção e de conseguir fazer escolhas mais interessantes em todos os campos. É possível sermos pessoas com destaque em algumas áreas e pouco evoluídas em outras. Podemos ter uma compreensão muito rica da realidade e ao mesmo tempo baixa auto-estima ou pobreza emocional. Apesar das inúmeras dificuldades e armadil

A aprendizagem que vale a pena

A educação é um processo gradual de aprender a discernir o que pode ajudar-nos a construir uma vida que valha a pena, entre tantas opções possíveis, que nos instrumentalize para ser mais livres, mais autônomos, mais realizados. A educação nos ajuda a aprender a selecionar, avaliar e contextualizar o que é mais significativo, importante entre tantas informações que nos inundam sem parar, entre tantos sentimentos que despertam, entre tantos valores contraditórios. Aprender a desaprender, a deixar de lado o que já não nos serve mais, o passado que nos oprime, tolhe,a gerenciar melhor nossas escolhas pessoais, afetivas, profissionais cada vez mais coerentes, autênticas, desafiadoras e realizadoras. A educação é um processo complexo, tenso, contraditório e permanente de tornar nossa vida mais rica, impactante e equilibrada entre conhecer, sentir, comunicar-nos e agir, ampliando nossa percepção de múltiplas camadas da realidade, nossa capacidade de acolher e amar, de enfrentar situaç

Aprender a ler e compreender no ritmo alucinante das informações online

Num mundo tão complexo, é necessário aprender a ler de muitas formas, de perspectivas diferentes, para poder entender o que se passa sob a superfície movediça dos múltiplos e incessantes acontecimentos, mensagens, telas, mídias. Hoje aprendemos juntos, conectados, através de redes sociais. O intercâmbio é fascinante. Esse fluir contínuo da informação do Twitter ou Facebook é inebriante, porque nos coloca em contato instantâneo com múltiplos mundos, perspectivas, assuntos, pessoas. O perigo está na empolgação da fascinação do ritmo alucinante das mensagens e da falta de concentração e tempo para aprofundar as que são mais significativas. Boa parte do fluir informativo é redundante e banal; não vale a pena dedicar-lhe tanto tempo. Há muito narcisismo, deslumbramento, exibicionismo nas redes sociais, junto com contribuições relevantes, que são pérolas pontuais no meio de um deserto de areia movediça. Quanta mais informação, mais difícil e complexo se torna o ato de ler e mais

Aprendizagem desafiadora com currículos mais flexíveis

Num mundo cada vez mais complexo e heterogêneo, a educação precisa dar passos mais acelerados e respostas mais coerentes, com novas formas de desenvolver competências cognitivas, relacionais e éticas. Aprendizagem ativa, lúdica e diversificada Quanto mais informação, mais importante é saber escolher, avaliar as informações importantes em cada etapa da aprendizagem, contextualizá-las, sintetizá-las e interligá-las com as atividades concretas pessoais e grupais. Não basta compreender, é fundamental também saber conviver presencial e digitalmente, saber acolher, interagir, colaborar física e online e mostrar coerência ética nas mais diferentes situações. Com tantos jogos hipersensoriais em tantas telas e situações, a aprendizagem está mais e mais mediada por situações lúdicas, individuais e grupais, que facilitam a experimentação, a vivência sem perigo de desafios fascinantes, de simulação hiperrealista de competições. Mas o processo de aprender se potencializa se há uma refl

Por que a Educação a Distância avança menos do que esperado?

Algumas razões mais evidentes A EAD está associada há décadas no Brasil ao ensino técnico, à formação rápida de trabalhadores, ao ensino supletivo, a uma segunda oportunidade, a ensino para quem mora longe (democratização de acesso). Ela tem pouco tempo de vida no ensino superior, pouco mais de uma década. É pouco conhecida, um pouco marginalizada nas estruturas universitárias presenciais e também atende a um público, em geral, de menor poder aquisitivo.  Predomina a EAD também para os outros, para os pobres, para os distantes, para os que não fizeram a graduação no tempo devido. Para piorar as coisas, algumas instituições desenvolveram uma EAD de qualidade duvidosa, só preocupados em conquistar mercado, cortar custos e ganhar escala. Algumas cresceram muito mais a distância do que no presencial. Isso assustou muita gente, já descrente da modalidade. Há um preconceito muito arraigado em setores influentes da sociedade. Algumas áreas reduzem a EAD à cursos pela Internet

Para onde caminhamos na educação

Caminhamos aceleradamente rumo a uma sociedade muito diferente que em parte vislumbramos, mas que nos reserva inúmeras surpresas. Será uma sociedade muito mais conectada, móvel, com possibilidades de comunicação, interação e de aprendizagem muito mais fascinantes ainda.       Todas as sociedades educam, transmitem seus valores tradicionais e uma visão de futuro. Como será feito isto concretamente daqui a vinte ou trinta anos, não o sabemos. Mas caminhamos para uma sociedade cada vez mais complexa, pluralista, democrática. Por isso será necessário aprender a construir um percurso intelectual mais difícil, cheio de inúmeras ramificações e opções; aprender a conviver com as diferenças de visões de mundo, de valores, de grupos; a fazer escolhas mais provisórias; aprender a comunicar-nos de forma mais abrangente, integrada, participativa, equilibrando o individual e o social. As decisões sociais serão mais debatidas ao vivo. Haverá muitos mais referendos diretos, sem tantos intermed

Obrigado a cada um de vocês

Caros amigos: Obrigado aos que participaram do lançamento do livro "Educação a Distância: Pontos e Contrapontos" (Summus). O Prof. Valente e eu participamentos de um debate bonito sobre nossas visões de EAD, mediado pela Profª Valéria da Fac. de Educação da USP. Obrigado também aos que não puderam participar e me apoiam sempre, mesmo a distância. Contem comigo sempre no que precisarem. Estou aprendendo muito com a gestão atual de cursos a distância com muitos alunos. Queremos evoluir muito mais e esperamos avançar sempre com determinação, equilibrando quantidade e qualidade. Grande abraço para cada um de vocês

Hoje, lançamento do meu livro sobre Educação a Distância

Hoje, dia 5, acontecerá o lançamento do meu livro Educação a Distância: pontos e contrapontos. da Summus na Livraria da Vila, na Rua Fradrique Coutinho, Vila Madalena, a partir das 18:30. Fiz o livro com o Prof. Valente da Unicamp e PUC-SP. Faremos um debate com o público presente. E o resumo aqui: Educação a distância: Pontos e contrapontos "A educação a distância e as novas modalidades de ensino e aprendizagem ampliam o acesso à educação de qualidade ou desqualificam o processo educativo? Qual o verdadeiro papel das novas tecnologias de informação e comunicação no cotidiano das escolas e dos cursos de formação profissional? É nesse contexto que foi concebida a presente obra, Educação a distância, a nona da coleção Pontos e Contrapontos, que contou com a participação dos autores José Armando Valente, da Unicamp, e José Manuel Moran, da Universidade Anhanguera-Uniderp. Trata-se, pois, de um debate sobre as importantes e polêmicas questões que perpassam as complexas

A avaliação que vale: a de longo prazo

       Quando falamos de avaliação, em geral, nos preocupamos com a de curto prazo: se o aluno avança em cada etapa o que se espera.  Nossos trabalhos e provas se encerram no final do semestre ou do ano letivo. Cada aluno mostra na sua trajetória se aprende os conteúdos programados, se desenvolve as habilidades propostas. Em alguns anos temos a radiografia do percurso feito por cada um, a curto prazo: onde estava no começo de um curso e onde se encontra no final.       Além das sucessivas avaliações parciais e pontuais que cada aluno experimenta, há uma outra perspectiva que vale a pena observar, a de longo prazo: O que realmente cada um aprendeu de verdade, no todo, no conjunto, ao longo de vários anos, de algumas décadas, em cada etapa da sua vida.         Pessoas que aprenderam os mesmos conteúdos, que tiveram os mesmos professores e oportunidades costumam obter resultados muito diferentes. Uns avançam firmemente na vida profissional e pessoal; outros melhoram seu currícu

Tecnologias na educação a distância

Os cursos por correspondência foram majoritários durante mais de um século. Era a tecnologia mais viável economicamente para atender a alunos isolados e de forma individual. Essa realidade mudou drasticamente nos últimos vinte anos. As redes trazem uma interatividade e aproximação entre professores e alunos na EAD que antes ficava comprometida pelas dificuldades técnicas. O ser humano uma vez acostumado a um patamar de interatividade maior, dificilmente suporta um modelo em que há um distanciamento físico tão forte como ocorre no ensino por correspondência. Toda a educação, não só a específica a distância, caminha para uma utilização intensiva de tecnologias, de atividades a distância, mesmo nos cursos presenciais, com maior interação. Todas as tecnologias podem ser utilizadas, principalmente de forma combinada. Os modelos que mostram o professor – como os da teleaula – conseguem atrair muitos alunos porque reforçam o papel do professor a que os alunos estão acostumados. Mas nenhum

Caminhos para uma realização mais plena

Nossa vida pode ser um processo de evolução crescente, no meio de contradições, alguns recuos, sempre focando a coerência, a motivação, a aprendizagem em contexto, o caminho da aceitação crescente do que vamos construindo, do diálogo profundo consigo mesmo e com o entorno, da maior simplicidade, humildade - no sentido de perceber que interdependemos cada vez mais uns dos outros, mas que ao mesmo tempo podemos avançar em solitário, que por mais que amemos os que estão conosco muitas decisões são pessoais, diferentes, personalizadas. É muito importante não focar tanto a felicidade e mais a realização pessoal. Aceitar de verdade o que construímos até hoje –com inúmeras deficiências – e permanecer no propósito de evoluir sempre mais, dentro do nosso potencial, do nosso ritmo, da nossa percepção. Não comparar-se, olhar para os demais para inspirar-se, mas não para copiar. Construir nosso caminho com coerência, abertura, transparência, simplicidade e muita reflexão. Vale a pena viver, com

Pesquisa na Internet

A Internet é uma fonte de avanços e de problemas. Podemos encontrar o que buscamos, e também o que não desejamos. A facilidade traz também a multiplicidade de fontes diferentes, de graus de confiabilidade diferentes, de visões de mundo contraditórias. É difícil selecionar, avaliar e contextualizar tudo o que acessamos. A facilidade em postar mensagens na Internet é também uma das maiores fragilidades. Um texto que estava disponível ontem pode não o estar hoje. Uma página web que tinha um formato, pode aparecer no dia seguinte com outro ou com outro conteúdo. Por isso as normas bibliográficas exigem que se coloque a última data de acesso a Internet nas referências. Num livro de texto a dificuldade de revisar as referências da WEB é muito maior. E quando um site ou endereço muda é quase impossível comunicá-lo rapidamente aos leitores, a não ser pela própria Web ou aguardar uma nova reimpressão. Convém avisar os leitores da edição impressa que podem existir endereços web com erro