Aprendendo a evoluir sempre mais

Vejo a vida como um contínuo e fascinante processo de crescimento em todas as dimensões: sensoriais, emocionais, intelectuais, morais.

Quanto mais vivemos, podemos avançar no desenvolvimento de maior autonomia e liberdade em todos os campos; podemos ser mais humanos, acolhedores, compreensivos com as muitas situações que se nos apresentam.

De que vale aprendermos muitas coisas se não contribuem para que sejamos pessoas mais livres, abertas, realizadas?

Num mundo com tantas oportunidades sedutoras que podem tornar-nos dependentes é uma arte conseguir caminhar na direção de estágios superiores de libertação, de desenvolvimento de níveis mais complexos de percepção e de conseguir fazer escolhas mais interessantes em todos os campos.

É possível sermos pessoas com destaque em algumas áreas e pouco evoluídas em outras. Podemos ter uma compreensão muito rica da realidade e ao mesmo tempo baixa auto-estima ou pobreza emocional.

Apesar das inúmeras dificuldades e armadilhas que nos rodeiam, podemos escolher aprender a evoluir sempre mais, a sermos mais humanos, afetivos, compreensivos e realizados. Sempre podemos aprender a perceber de forma mais ampla, querer progredir mais, tornar-nos pessoas mais interessantes, abertas e integradas.

Por isso é importante perguntar-me: O que estou fazendo com a minha vida, nesta agitação incessante, onde é difícil achar tempo para tudo o que sonho?

Em que fase me encontro de crescimento, de autonomia e de realização? Estou avançando ou regredindo?


Há muitas formas de viver, com opções muito diferentes e contraditórias. Algumas nos oferecem recompensas imediatas mais palpáveis, financeiras, profissionais, de reconhecimento social. Outras trazem um outro tipo de sucesso, talvez menos deslumbrante, mas mais constante, abrangente, realizador no médio e longo prazos. Dependem de um investimento constante em manter uma visão mais ampla, integradora, na busca de um maior equilíbrio, coerência e humanização em todos os campos. É um processo contínuo, contraditório e, às vezes, sem resultados imediatos espetaculares.

Se nos mantivermos atentos e perseverantes, constataremos, no médio prazo, mudanças profundas na forma mais rica de ver o mundo, de saber enfrentar dificuldades em todos os setores, de conviver melhor com pessoas mais significativas e de fazer escolhas pessoais e profissionais muito mais desafiadoras e realizadoras. Teremos a convicção cada vez mais firme de que nossa vida – frágil, fugaz, imponderável - está valendo a pena e que nos traz muito mais realizações do que dificuldades.





Comentários

Marli Fiorentin disse…
Professor Moran!
Estava mesmo precisando ler isso. Não é fácil viver nesse mundo quee todo dia nos desafia, nos oprime. Encontrar um ponto de equilíbrio é tarefa árdua, que tenho tentado cumprir a duras penas. É bom poder ter pessoas como você que expressam o que às vezes também gostaríamos de dizer e está guardado. Abraço!
José Moran disse…
Cara Marli: Obrigado pelo seu comentário. Você sempre é tão sensível e amiga. Feliz ano para você na sua vida pessoal e profissional. Grande abraço
Moran

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