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Mostrando postagens de julho, 2007

Para onde estamos caminhando

Estamos caminhando rapidamente para uma sociedade muito diferente que em parte vislumbramos, mas que ainda nos reserva inúmeras surpresas. Será uma sociedade conectada, com possibilidades de comunicação, interação e de aprendizagem inimagináveis hoje (apesar das muitas desigualdades e contradições). Os processos de educação que serão implantados serão profundamente diferentes dos atuais. Todas as sociedades educam, transmitem seus valores e a tradição. Como será feito isto daqui a quarenta ou cinqüenta anos, não o sabemos claramente. Mas sabemos que a aprendizagem será a essência da nova sociedade: aprender a conhecer, a sentir, a comunicar-se, a equilibrar o individual e o social. Será uma sociedade de maior participação direta, que decidirá as principais questões sem tantos intermediários (haverá mais debates, consultas e referendos on-line). A informação estará disponível, as formas de aprender serão muito variadas e as formas de organizar o ensino também. As salas de aula estarão c

Escolas excluídas e escolas em rede

Escolas não conectadas são escolas incompletas (mesmo quando didaticamente avançadas). Alunos sem acesso contínuo às redes digitais estão excluídos de uma parte importante da aprendizagem atual: do acesso à informação variada e disponível on-line, da pesquisa rápida em bases de dados, bibliotecas digitais, portais educacionais; da participação em comunidades de interesse, nos debates e publicações on-line, em fim, da variada oferta de serviços digitais. Quanto mais distante a escola das grandes cidades, mais dramática pode ser a exclusão digital. Hoje não basta ter um laboratório na escola (quando existe) para acesso pontual à rede durante algumas aulas . Hoje todos os alunos, professores e comunidade escolar, precisam de acesso contínuo a todos estes serviços digitais para estarmos dentro da sociedade da informação e do conhecimento. Com setenta por cento dos brasileiros sem acesso efetivo e contínuo às redes digitais e metade da população na faixa da pobreza, falta muito para sermo

Necessitamos de mudanças profundas

Apesar dos avanços reais no Brasil, ainda estamos distantes de uma educação de qualidade. E, com freqüência, caminhamos no limite da irresponsabilidade, quando privilegiamos mais o lucro, o faz-de-conta, o “jeitinho”. Ou quando burocratizamos a gestão, demorando para introduzir mudanças e mantendo tudo como sempre foi. A educação é um processo complexo que depende da consciência e ação política e estratégica constante e continuada de todos os governantes e gestores. No Brasil está aumentando a consciência, mas há muita descontinuidade política e de gestão. Está mudando a forma de conceber e exercer essa ação pedagógica, com as possibilidades de ensinar e aprender dentro e fora da sala de aula, sozinhos ou em grupos, ao vivo ou conectados, presencial ou virtualmente . São situações muito novas, que desafiam profundamente tudo o que até agora fizemos e o que, em geral, continuamos realizando mecanicamente, por inércia. À cada ano que passa a sensação de incongruência, de distanciamento