Para onde estamos caminhando

Estamos caminhando rapidamente para uma sociedade muito diferente que em parte vislumbramos, mas que ainda nos reserva inúmeras surpresas. Será uma sociedade conectada, com possibilidades de comunicação, interação e de aprendizagem inimagináveis hoje (apesar das muitas desigualdades e contradições).

Os processos de educação que serão implantados serão profundamente diferentes dos atuais. Todas as sociedades educam, transmitem seus valores e a tradição. Como será feito isto daqui a quarenta ou cinqüenta anos, não o sabemos claramente. Mas sabemos que a aprendizagem será a essência da nova sociedade: aprender a conhecer, a sentir, a comunicar-se, a equilibrar o individual e o social. Será uma sociedade de maior participação direta, que decidirá as principais questões sem tantos intermediários (haverá mais debates, consultas e referendos on-line). A informação estará disponível, as formas de aprender serão muito variadas e as formas de organizar o ensino também.

As salas de aula estarão conectadas, abertas para o mundo; serão salas de pesquisa, de publicação, de debates presenciais e virtuais, de avaliação.
Teremos todas as possibilidades de cursos: dos totalmente prontos e oferecidos através de mídias audiovisuais até os construídos ao vivo, com forte interação grupal e pouca previsibilidade. Realizaremos cursos totalmente individualizados e outros baseados em colaboração. Teremos cursos totalmente on-line e outros parcialmente on-line. Só não encontraremos os modelos atuais convencionais. Muitas pessoas aprenderão com outras e só se submeterão a algum tipo de validação final de aprendizagem para fins de certificação.`
Parece uma miragem? Neste momento sim. Mas, mesmo no meio de imensas contradições, este será o cenário mais provável.
Você concorda?

Comentários

Anônimo disse…
Professor Moran:
Penso que é necessário orientar o aluno na busca de informações e na reflexão sobre estas, pois os alunos, nesta perspectiva são sujeitos que constroem aprendizagens interagindo com o objeto do conhecimento, e o fazem por que aprenderam a aprender.
Abraço
Ligiane
Glaucia.Rezende disse…
Olá!
Concordo plenamente!

Na minha opinião, o aprendizado passará da forma passiva para a ativa,
onde o aluno será o receptor e ao mesmo tempo o transmissor da informação.

Até mais!
"Estamos caminhando rapidamente para uma sociedade muito diferente que em parte vislumbramos, mas que ainda nos reserva inúmeras surpresas. Será uma sociedade conectada, com possibilidades de comunicação, interação e de aprendizagem inimagináveis hoje (apesar das muitas desigualdades e contradições)".
Prof. Moran, o Sr. mesmo coloca as desigualdades e contradições como um alerta à sua afirmação. Será que antes de vislumbrarmos este tipo de aprender do futuro, não deveríamos estar pensando em como contemplar a EAD em nossa realidade social?
Analisando a realidade social de nosso país, não consigo enxergar esta descrição de seu texto como uma realidade próxima e nem um pouco menos próxima. A EAD no Brasil terá que ainda viver com tutorias presenciais, com educação a distância conteudista... (o Sr. demonstrou não concordar com isso,em uma palestra em Ribeirão Preto no mês passado), para assim poder alcançar algum resultado. Muito dificil de pensar que poderemos ter um aprendizado colaborativo e cooperativo com as tecnologias da informação comunicação fazendo parte deste contexto de forma tão natural.
Sou muito a favor de tudo isso que o Sr. afirmou em seu texto, quando diz qual o nosso caminho seguinte porém, não há como negar as dificuldades que temos aqui no país, e ao lado de cada universidade. Não precisamos ir para o nordeste, aqui mesmo no estado de S.P. esta situação é real.
Prof. Moran e Mara,

O avanço das TICs será cada vez maior, isso é inegável e sabemos que, se por um lado, as pessoas estarão cada vez mais conectadas, por outro também sabemos que a parcela “ desconectada” ficará ainda mais excluída, à margem desta evolução. Como resolver? Investimentos, vontade política? Não sou especialista no assunto, não sei realmente. O que sei é que nós, professores, não podemos ficar esperando. Temos de correr atrás, buscar nossa alfabetização tecnológica pois nossos alunos, mesmo de escolas públicas como a minha, já estão se relacionando virtualmente.
Sou professora-coordenadora de Sala Informatizada numa escola municipal em Joinville, SC. Tenho desenvolvido alguns trabalhos colaborativos utilizando blogs, wikis e editores coletivos de textos com alunos e professores de escolas de diferentes estados. São experiências simples, mas que têm um grande significado para os alunos e professores envolvidos e que podem ser acessadas a partir de minha página pessoal
Aqui, na rede Municipal de Ensino, estamos oferecendo cursos de atualização aos professores na modalidade EAD, não há encontros presenciais. São cursos de curta duração:40, 60, 80 horas. É uma experiência nova. No começo encontramos bastante resistência, poucos inscritos e muitos desistentes. Porém, a cada novo curso mais professores se inscrevem, quem já fez um retorna e indica aos colegas. Estamos caminhando, ensinando e aprendendo a aprender colaborativamente. Finalizamos agora mais um curso: Redes de Aprendizagem e num dos módulos utilizamos um blog e um vídeo bem simples e caseiro que fizemos, pois nos próximos cursos vamos aprofundar o uso dos blogs e dos vídeos e pretendíamos mostrar aos mostrar aos professores que não é difícil utilizar estes recursos. O blog é: http://redeaprendizagem.blogspot.com/
Bem, aproveitando a oportunidade e como já falei demais aqui,quero dizer ao Prof. Moran que tomei a liberdade de indicar seu blog ao Prêmio Blogs com Tomates em um de meus blogs:Dicas da Aninha.

Grande abraço,
Gládis
José Moran disse…
Ligiane,Glaucia, Mara e Gladis:
Gostei das contribuições de vocês, reconhecendo que há dificuldades nesse caminho principalmente para a escola pública.
Gladias, gostei muito da sua página, muito útil para os professores.
Grande abraço para cada uma de vocês
Moran
EnyA. disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
EnyA. disse…
Concordo plenamente...
Experiência própria. O q tenho aprendido e aprendo todos os dias com colegas da Inf. Educativa (Grupo q participo, sou prof. de Infor Educativa). Nao tem dimensão dos conhecimentos adquiridos e trocados entre nós, muito legal mesmo, são pessoas do país inteiro. Mas preciso frequentar uma faculdade pra ter o diploma, o papel pra provar q sei e tenho competência pra profissão q exerço. Dai a comprovação desta teoria do Dr. Moran, q admiro, respeito e aprendo muito com seus livros e artigos. Enya.
Anônimo disse…
Prezado Profº Moran:
Como eu gostaria de viver a escola descrita em "Para onde estamos caminhando"!!!
Há tempos penso nos alunos entrando em sala de aula c/ um laptop, sendo que esses encontros não necessitam serem diários.
Porém, qdo vejo a realidade da Educação no Brasil: um faz de conta que eu ensino, faz de conta que vc aprende... fico achando que esse meu sonho está mto longe, mesmo.
José Moran disse…
Éride,
esse sonho realmente está ainda distante, mas não é impossível e, em algumas situações pontuais começa a acontecer. Sabemos que há uma distância entre o sonho e a realidade, mas sem ele avançamos menos ou nos perdemos pelo caminho. Conttinuemos sonhando acordados.
Grande abraço
Moran
Anônimo disse…
Caro Professor,
O texto nos diz o que vai acontecer e cabe a nós professores pensar o como vai acontecer. Estamos acostumados com uma "aprendizagem" linear e a sociedade está criando jovens com mentes paralelas, capazes de fazer/sentir/aprender mais de uma coisa ao mesmo tempo. Estes serão os cidadãos do futuro. Um futuro onde as tomadas de decisão se darão de forma quase que espontânea e o medo de errar será bem menor que o de hoje.

Manoel Souza
Anônimo disse…
Caríssimo Professor,
Com certeza seu conceito é brilhante, pois aborda aspectos primordiais na educação de hoje em dia. Precisamos de "Homens Pensantes", formadores de opinião como o Senhor. É dessa forma que formaremos cidadãos críticos, inovadores e tecnológicos. Continue com essa mente brilhante e enaltecedora no âmbito da educação.
nivia disse…
Lemos o texto Educação Afetiva e Controladora comecei a colocar em prática com os meus alunos da 1ª série e estamos gostando muito dos textos.
Um abraço das amigas.
Nivia e Renata

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