Caminhos para uma educação transformadora, criativa, humanista e digital.
José Moran
No encontro com professores e gestores das escolas SESC e SENAC do Rio Grande do Sul falei de como vejo a educação hoje e aponto alguns caminhos para uma educação transformadora.
Educação viva: todos nos educamos com todos, dentro e fora da escola e ao longo
da vida.
Passamos muitos anos estudando, mas de alguma forma não aprofundamos as
questões mais existenciais, porque são controversas, polêmicas e desagradam aos
que querem uma educação “isenta”, tecnicista e asséptica. A educação deve
tratar dos grandes assuntos, questões, problemas com equilíbrio, abertura e
respeito e vivenciar realidades diferentes das nossas, para sair dos nossos
casulos e visões estreitas de mundo.
Temos que
ensinar a pensar, a entender a diversidade de opções, a experienciar múltiplas
facetas da vida, através da arte, do contato com pessoas diferentes, com
projetos de inclusão reais, projetos de aprendizagem-serviço, que contribuam
para trazer soluções reais para problemas reais. A educação familiar e escolar
precisa ser mais abrangente, enfrentar as questões vitais profundas, não
esconder as doenças e a morte, discutir as diversas filosofias de vida, de
busca de sentido da existência, de perguntar-nos sobre a possível continuidade
da vida, além da morte em todas as escolas, não só nas confessionais.
Caminhos
mais promissores:
Sair do
modelo de uma aula igual para todos para adequação às necessidades de cada
aluno: aulas adaptadas a cada um, a grupos de estudantes com graus de domínio
diferentes com apoio da Inteligência Artificial.
Foco muito
maior em experimentar, vivenciar, fazer, projetar, criar, interagir, refletir
(artes, espaços maker, alternância e integração entre espaços naturais e
digitais, projetos STEAM, aprendizagem-serviço, ...)
Currículo
vivo, em ação: A escola precisa considerar, valorizar e destacar, tudo o que é
importante para todos, em cada etapa da vida: ambiente acolhedor para que
possam ser feitas todas as perguntas, as grandes perguntas da existência: de
onde viemos, o sentido de estarmos aqui na terra e a possibilidade de
continuidade da nossa vida.
Cada
escola, rede... tem a sua cultura, dinâmica, história, metodologia, formas de
avaliar... Conhecer onde estamos: O que fazemos melhor e onde temos
deficiências. Definir alguns caminhos que integrem o melhor do que já fazemos
com algumas estratégias viáveis já e outras que podem ser implementadas com
mais cuidado.
Aproximar mais os movimentos educacionais mais humanistas e ecos sustentáveis - que costumam desconfiar das tecnologias mais avançadas – dos que dominam as tecnologias da IA, muitas vezes, sem tanta consciência humanista, sustentável e existencial. O caminho é integrar essas dimensões de uma forma harmônica e equilibrada.
Texto completo em https://moran10.blogspot.com/2025/11/caminhos-para-uma-educacao_22.html
Para saber mais: O futuro da educação com o avanço da tecnologia. https://www.youtube.com/live/FztvHNVwFCk

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