Diferenciais de uma nova escola
Uma escola é nova quando tem educadores, materiais, atividades e ambientes de aprendizagem - físicos e virtuais - acolhedores, estimulantes e desafiadores para os alunos.
Uma escola onde os materiais principais estão disponíveis no ambiente digital e são apreendidos de múltiplas formas, com técnicas diferentes, atrativas, simples e complexas. Escola que estimula múltiplas leituras de múltiplos textos de múltiplas formas: impressos, digitais, multimídia; simples e complexos; com histórias e conceitos; multitextos significativos contextualizados, compartilhados, reinterpretados, co-produzidos presencial e digitalmente, publicados, vivenciados.
Conteúdos articulados a muitos desafios, projetos inovadores, com muita ênfase em pesquisa, compartilhamento, discussão, produção, sínteses, práticas refletidas, colaborativas, com flexibilidade de espaços e tempos, de momentos presenciais e virtuais, com atividades grupais e individuais, com bastante feedback, atenção, cuidado.
Uma escola que integra o melhor do presencial e do virtual, que trabalha primeiro as atividades através de ambientes e aplicativos digitais e que aprofunda e finaliza cada assunto mais importante na sala de aula, com os professores-orientadores.
Uma escola em que as aulas com tablets, netbooks e smartphones são focadas, além de temas relevantes, em projetos colaborativos, onde os alunos aprendem juntos, realizam atividades em ritmos e tempos diferentes. Os professores descem do pedestal e desempenham fundamentalmente o papel de orientadores. Saem do centro, do estrado, da lousa para circular, orientando os alunos individualmente e em pequenos grupos nas atividades de pesquisa, análise, apresentação, contextualização e síntese, de forma semi-presencial.
Uma escola pluralista num mundo complexo, que mostra visões, formas de viver e diferentes possibilidades de realização pessoal, profissional e social, que nos ajudem a evoluir sempre mais na compreensão, vivência e prática cognitiva, emotiva, ética e de liberdade.
Essa nova escola ainda está em construção, mas é urgente nosso envolvimento em concretizá-la, para conseguir atrair as crianças e os jovens, que até agora só conheceram, na educação formal, modelos analógicos, anacrônicos e envelhecidos.
Profissionais acolhedores: diretores, coordenadores, professores que se preocupam com os alunos, que os conhecem, conversam, interagem. Uma escola é nova quando mantém a mesma equipe unida por bastantes anos, quando se percebe que todos se apóiam e há uma gestão democrática, proativa e empreendedora. Profissionais bem preparados, atualizados, evoluídos. Bem remunerados, escolhidos entre os melhores e que gostam de ser educadores.
Ambientes acolhedores: aconchegantes, afetivos, equipados. Salas de aula multifuncionais, que se modificam rapidamente para diferentes atividades. Salas de aula conectadas com tecnologias móveis. Escola que equilibra atividades presenciais e virtuais, tecnologias simples e tecnologias digitais, onde se aprende também em casa, no bairro, nas comunidades de prática, nas redes sociais, com ativa participação dos pais. Uma escola onde os materiais principais estão disponíveis no ambiente digital e são apreendidos de múltiplas formas, com técnicas diferentes, atrativas, simples e complexas. Escola que estimula múltiplas leituras de múltiplos textos de múltiplas formas: impressos, digitais, multimídia; simples e complexos; com histórias e conceitos; multitextos significativos contextualizados, compartilhados, reinterpretados, co-produzidos presencial e digitalmente, publicados, vivenciados.
Conteúdos articulados a muitos desafios, projetos inovadores, com muita ênfase em pesquisa, compartilhamento, discussão, produção, sínteses, práticas refletidas, colaborativas, com flexibilidade de espaços e tempos, de momentos presenciais e virtuais, com atividades grupais e individuais, com bastante feedback, atenção, cuidado.
Uma escola que integra o melhor do presencial e do virtual, que trabalha primeiro as atividades através de ambientes e aplicativos digitais e que aprofunda e finaliza cada assunto mais importante na sala de aula, com os professores-orientadores.
Uma escola em que as aulas com tablets, netbooks e smartphones são focadas, além de temas relevantes, em projetos colaborativos, onde os alunos aprendem juntos, realizam atividades em ritmos e tempos diferentes. Os professores descem do pedestal e desempenham fundamentalmente o papel de orientadores. Saem do centro, do estrado, da lousa para circular, orientando os alunos individualmente e em pequenos grupos nas atividades de pesquisa, análise, apresentação, contextualização e síntese, de forma semi-presencial.
Uma escola pluralista num mundo complexo, que mostra visões, formas de viver e diferentes possibilidades de realização pessoal, profissional e social, que nos ajudem a evoluir sempre mais na compreensão, vivência e prática cognitiva, emotiva, ética e de liberdade.
Essa nova escola ainda está em construção, mas é urgente nosso envolvimento em concretizá-la, para conseguir atrair as crianças e os jovens, que até agora só conheceram, na educação formal, modelos analógicos, anacrônicos e envelhecidos.
Comentários
Adorei seu texto!
Leila Cristina
Essa escola existe parcialmente aqui e lá. É um projeto utópico, que sinaliza caminhos de mudança, que dependem de cada um de nós. Quero contribuir com o meu conhecimento e ação para essa construção de uma nova escola.
Grande abraço
Moran
Bonitas suas palavras, que mostram a tensão entre a utopia e a consecução parcial dela no dia a dia. É importante não desanimar, diante de obstáculos, burocracia, críticas. Bom trabalho.
Abraço
Moran
acredito que para a construção de uma escola nova precisamos de todos estes itens que o senhor descreveu, mas para mim o mais importante, o eixo norteador, são as pessoas, a equipe: professores, coordenadores, diretores, enfim educadores. Entretanto, pelo que tenho vivenciado, percebo que infelizmente, os gestores das instituições de ensino, principalmente das grandes instituições, não estão muito preocupados com o seu pessoal. Os professores, os tutores com muitos alunos por sala para orientar, não são valorizados e muito menos reconhecidos. Os coordenadores e diretores são sobrecarregados de serviço e cobrança por resultados financeiros, tornando impossível o trabalho em equipe, quanto mais a formação de equipes duradouras, pois a rotatividade do pessoal é grande, já que não agüentam a pressão. Desta forma, fico a me perguntar, assim como a colega Leila, será que realmente todos querem essa nova escola??
Assim, como o senhor, também quero contribuir com a construção desta nova escola, mas confesso que venho perdendo força e motivação para continuar nesta luta.
Saudações
Ana Paula Beer
Concordo com você em que não se valoriza suficientemente o trabalho dos docentes e às vezes há um desequilíbrio entre o econômico e o acadêmico. É um processo longo de reequilíbrio de valores, opções, expectativas. Não desanime. Faça o melhor que lhe for possível no momento presente.
Abraço
Moran
Tenho baseado boa parte das discussões do grupo de pesquisa que oriento nas suas ideias, pois nos identificamos com sua visão inovadora, sem porém perder o horizonte humano. Gostei muito dessa ideia de "educação humanista inovadora", trazendo em uma perspectiva articulada a possibilidade de ambiência institucional/docente/humano-tecnológica, conceitos que temos desenvolvido na Educação Básica e na Educação Superior. Como diria Paulo Freire, a "utopia inédito-viável" pode ser e já está sendo construída. Um forte abraço desde os pampas gaúchos,
Adriana
Encontrei "por acaso" seu blog e me identifiquei com este post. Isto porque, como estudante do curso de pedagogia da UEMG, venho procurando maneiras novas de visualizar um novo processo de formação dos professores, pois percebo que esta pode ser uma fonte de mudanças na educação.
Nestes últimos dias decidi criar um blog para colocar minhas percepções.
O sr. pode visualizar neste blog a seguir:
http://www.correiodaboanoticia.com.br/
Bom, por enquanto só tem uma postagem, mas já dá pra perceber o caminho que desejo levar, que é a transformação no modelo de formação de professores.
Pois, como se pode esperar que os professores levem modificações para as escolas se a própria formação deles continua num modelo ultrapassado?
Bom, continuarei escrevendo no blog. E talvez, num momento que eu acreditar que o blog já ganhou um mínimo de dignidade, farei um convite para que o sr. possa colaborar com um post, uma visão de como seria o processo formativo dos professores para esta nova escola que está no seu blog.
Não nos conhecemos mas de certa forma estamos contribuindo com uma mesma coisa.
Parabéns para o seu blog.
Att,
Eric T. J.
Excelente seu artigo Diferenciais de uma nova Escola. Ele mostra que nesses tempos de domínio da máquina, do computador e das tecnologias, não podemos esquecer do elementar, mas fundamental: a necessidade da proximidade, criando ambientes acolhedores, sejam eles na educação presencial ou virtua. fundamental é que sejam reais, verdadeiros e leais. Essa utopia é que nos move. Ela deve estar viva em qualquer ambiente, mesmo nos 'cantos' mais remotos e carentes desse país. Parabéns.