Educar para fazer melhores escolhas
Num mundo mais complexo e onde há tantas possibilidades em todos os campos, pessoais e profissionais, precisamos fazer cada vez mais escolhas. A educação pode ser um caminho fundamental para ter condições de fazer escolhas mais significativas no campo intelectual, emocional, profissional e social na construção de uma vida mais plena de sentido e realização.
A finalidade principal de aprender não é acumular informação, mas transformá-la em conhecimento que permita fazer opções interessantes entre idéias, valores, visões de mundo, com freqüência conflitantes. Esse papel mais amplo não pode ser atribuído somente à escola, mas também à família, à cada instituição, à cidade como um todo (cidade educadora). Mas a escola tem focado mais a formação intelectual do que a vivência das práticas aprendidas; isto é, se preocupa em mostrar caminhos, sem acompanhar os resultados concretos (a realização pessoal, profissional, emocional). De que adianta saber muito, se somos infelizes, se temos dificuldades em assumir desafios, em sair de situações de opressão em alguns campos?
A educação - na sua dimensão pessoal - pode contribuir para que façamos escolhas significativas na construção de uma vida com sentido, que nos realize, que tenha valor aos nossos olhos e aos de outras pessoas. É fundamental construir um percurso de vida que valha a pena, que nos traga cada vez mais realização e que seja motivo de orgulho: realizamos algumas coisas interessantes: "contribuí para melhorar a vida de centenas de alunos", ou "criei uns filhos que estão aprendendo a seguir seu caminho".... Uma das maiores frustrações das pessoas é constatar que não construíram algo de que se orgulhem e que os realize, que deixaram passar o tempo e se acomodaram na mediocridade.
Podemos analisar o impacto da educação, a longo prazo, pela facilidade maior ou menor em enfrentar dificuldades, em fazer escolhas mais interessantes para nossa vida, na capacidade de modificar o que nos prende, o que nos complica na vida profissional, familiar, social; na constatação de que construímos uma vida que faz sentido e nos realiza.
Um dos campos mais importantes da educação pessoal é conseguir discernir o que vale a pena manter das visões de mundo que nos foram transmitidas pelos nossos pais e educadores na infância. Recebemos muitos valores prontos, formas de enxergar o mundo muito específicas. É importante ter condições de rever o que faz sentido depois que vamos crescendo e libertar-nos de muitos medos, preconceitos, deturpações, simplismos, que nos foram passados, muitas vezes com a melhor das intenções. Educar é ajudar a desconstruir o que não nos serve mais e reconstruir de forma mais ampla valores, emoções, visões de mundo mais condizentes com o nosso grau de percepção atual.
Muitos ficam tolhidos pelo medo, pela inércia, pelo comodismo de não pensar criticamente. Num mundo cada vez mais complexo, de brutais mudanças, mas onde há muitos valores que nos complicam (como o consumismo, o mostrar-se diferente do que se é) a educação humanista, integral, profunda é decisiva para ajudar a crescer na nossa realização pessoal, familiar, profissional e social.
A finalidade principal de aprender não é acumular informação, mas transformá-la em conhecimento que permita fazer opções interessantes entre idéias, valores, visões de mundo, com freqüência conflitantes. Esse papel mais amplo não pode ser atribuído somente à escola, mas também à família, à cada instituição, à cidade como um todo (cidade educadora). Mas a escola tem focado mais a formação intelectual do que a vivência das práticas aprendidas; isto é, se preocupa em mostrar caminhos, sem acompanhar os resultados concretos (a realização pessoal, profissional, emocional). De que adianta saber muito, se somos infelizes, se temos dificuldades em assumir desafios, em sair de situações de opressão em alguns campos?
A educação - na sua dimensão pessoal - pode contribuir para que façamos escolhas significativas na construção de uma vida com sentido, que nos realize, que tenha valor aos nossos olhos e aos de outras pessoas. É fundamental construir um percurso de vida que valha a pena, que nos traga cada vez mais realização e que seja motivo de orgulho: realizamos algumas coisas interessantes: "contribuí para melhorar a vida de centenas de alunos", ou "criei uns filhos que estão aprendendo a seguir seu caminho".... Uma das maiores frustrações das pessoas é constatar que não construíram algo de que se orgulhem e que os realize, que deixaram passar o tempo e se acomodaram na mediocridade.
Podemos analisar o impacto da educação, a longo prazo, pela facilidade maior ou menor em enfrentar dificuldades, em fazer escolhas mais interessantes para nossa vida, na capacidade de modificar o que nos prende, o que nos complica na vida profissional, familiar, social; na constatação de que construímos uma vida que faz sentido e nos realiza.
Um dos campos mais importantes da educação pessoal é conseguir discernir o que vale a pena manter das visões de mundo que nos foram transmitidas pelos nossos pais e educadores na infância. Recebemos muitos valores prontos, formas de enxergar o mundo muito específicas. É importante ter condições de rever o que faz sentido depois que vamos crescendo e libertar-nos de muitos medos, preconceitos, deturpações, simplismos, que nos foram passados, muitas vezes com a melhor das intenções. Educar é ajudar a desconstruir o que não nos serve mais e reconstruir de forma mais ampla valores, emoções, visões de mundo mais condizentes com o nosso grau de percepção atual.
Muitos ficam tolhidos pelo medo, pela inércia, pelo comodismo de não pensar criticamente. Num mundo cada vez mais complexo, de brutais mudanças, mas onde há muitos valores que nos complicam (como o consumismo, o mostrar-se diferente do que se é) a educação humanista, integral, profunda é decisiva para ajudar a crescer na nossa realização pessoal, familiar, profissional e social.
Texto meu publicado também na minha página, em www.eca.usp.br/prof/moran/escolhas.htm
Comentários
Parabéns, lindo trabalho!
Realmente não há nada pior do que viver na mediocridade, seja qual for o motivo que possa nos levar a isso.
O pior é que de fato somos ensinados a ter medo de mudar. Eu estou passando por uma fase estranha em minha vida, e esse seu post me fez muito bem. Estou deixando de me dedicar exclusivamente para a pesquisa e abrindo meus horizontes para o ensino. Sei que isso me fará mais feliz... mas no fundo, bem lá no fundo, tenho medo. Por que ? Simplesmente porque me ensinaram que essa não era uma boa opção.
Mas como você disse, é preciso vencer os medos e os preconceitos, pois no final o que importa mesmo é ser feliz !
Um abraço,
Lys
Foi uma enorme satisfação ouvir tuas sábias palavras e ver que não estamos sozinhos na tarefa de pensar uma outra escola, que realmente auxilie na formação de cidadãos livres e críticos.
Endereço do labomídia:
www.nepef.ufsc.br/labomidia
Abraços, Paula Bianchi.
Fiquei muito feliz de encontrar seu blog. Já tive a oportunidade de ter um módulo com vc na FAE - Curitiba e muitas vezes ouvir vc falar (sempre que vc vem para cá e fico sabendo)! Adoro suas idéias e trabalho com elas juntamente com a turma de Pedagogia na qual eu sou mediadora... Se possível gostaria que vc visitasse o meu blog e deixasse uma postagem para mim e para minhas alunas para que fique muito mais concreto as idéias que repasso para elas... Agradeço muito!
Um grande abraço! Ana Paula Xisto
http://anaxisto.blogspot.com/
Fico feliz com o apoio de cada uma de vocês. O apoio é fundamental para continuar avançando, mesmo no meio de muitas contradições pessoais. Grande abraço para cada uma de vocês
Moran
Paula, visitei também o Observatório. Bom trabalho nas suas pesquisas.
Ana Paula, já deixei uma mensagem no seu blog. Continuem avançando sempre.
Grande abraço
Moran
Foi uma honra receber sua visita em meu blog e acho que as outras meninas tiveram a mesma alegria que eu ao ver sua mensagem, afinal, acho que todas nós somos suas fãs de carteirinha :)
É necessário realmente ser muito criativo para tentar mudar alguma coisa na área de exatas. Existe muita resistência nessa minha área e muitas pessoas enxergam o ensino como perda de tempo que poderia ser dedicado à pesquisa. Mas o senhor deve saber muito melhor que eu esse lado negro das ciências exatas.
Não é por menos que todo cientista é visto como maluco ou gênio... na verdade a ciência é muito simples, nós é que complicamos não é mesmo ? Ensinar e divulgar a astronomia nunca foi e nunca será prioridade dentro dos departamentos, e sim a publicação de artigos científicos.
Um grande abraço e tenha uma ótima semana !
Lys
Achei bastante relavante o trecho de seu texto "Educar é ajudar a descontrair o que nao nos serve mais e reconstruir de forma ampla valores,emoçoes,visoes de mundo,etc".
Muitos nao pensam criticamente,e quando muito sao totalmente oprimidos com seu modo de refletir.Precisamos enquanto educadores,rever nossos conceitos manipuladores e realmente estimular e valorizar o modo de pensar e ser de nossos educandos para colhermos bons frutos.