Relacionamentos com vínculos superficiais ou profundos
Os nossos relacionamentos vão se construindo com o tempo, em camadas cada vez mais profundas, que exigem níveis de troca, de diálogo e acertos cada vez mais delicados, na construção de vínculos progressivamente mais complexos. Numa comparação simples, assemelham-se ao descascar de uma cebola: começamos pelas folhas mais externas e visíveis, mas as consolidamos - ou não - nas mais internas e profundas. No começo de um relacionamento desejamos, percebemos, valorizamos e interagimos com as camadas mais externas do outro: a sua aparência, cada pedaço do seu corpo, as ricas sensações sensoriais que recebemos e expressamos por todos os sentidos e linguagens, principalmente através do olhar, do ouvir e do tocar. Isso nos leva a um segundo nível de interação em camadas que misturam o sensorial e o emocional: paixão, prazer, o gosto de estar juntos, inebriados com a presença, o toque, o prazer intenso de estar com quem amamos, de compartilhar cada detalhe ...