Mudanças necessárias na educação presencial

Mais ousadia

Enquanto a sociedade muda e experimenta desafios mais complexos, o ensino superior presencial e a distância continua, em geral, organizado de forma previsível, repetitiva, burocrática, pouco atraente. O seu discurso é inovador, mas a organização e a prática pedagógica em muitas instituições, são pouco arrojadas. Predomina uma visão conservadora, repetindo o que está consolidado, o que não oferece risco nem grandes tensões.

Não há receitas fáceis, nem medidas simples. Mas essa escola está envelhecida nos seus métodos, procedimentos, currículos. A maioria das instituições superiores se distancia velozmente da sociedade, das demandas atuais. Sobrevivem porque são os espaços obrigatórios para certificação. A maior parte do tempo, os alunos frequentam as aulas porque são obrigados, não por escolha real, por interesse, por motivação, por aproveitamento.

É absurdo que os cursos continuem centrados quase integralmente na sala de aula e que a educação a distância ainda seja vista com desconfiança, quando não com resistência ativa. Muitas áreas de conhecimento não admitem nem discutir a educação a distância.

Mudanças necessárias na educação presencial

A educação precisa focar mais, junto com a competência intelectual e a preparação para o sucesso profissional, a construção de pessoas cada vez mais livres, evoluídas, independentes e responsáveis socialmente. Uma educação interessante, aberta e estimulante, que descortine novos horizontes profissionais, afetivos, sociais e favoreça escolhas mais significativas em todos os campos. Uma educação que ajude os alunos a acreditarem em si, a buscar novos caminhos pessoais e profissionais, a lutar por uma sociedade mais justa, por menos exploração, a dar confiança aos jovens para que se tornem adultos realizados, afetivos, inspiradores.

Na escola que temos, aprendemos pouco e não aprendemos o principal: a sermos pessoas plenas, ricas, criativas e empreendedoras. Para isso precisamos aprender a ler, a compreender, a contar, a escolher uma profissão, mas precisamos fazê-lo de forma diferente a como o estamos fazendo até agora, insistindo na integração entre a dimensão intelectual, a emocional e a comportamental de uma forma criativa e inovadora. Vale a pena investir nas pessoas, na esperança de mudança, e oferecer-lhes instrumentos para que se sintam capazes de caminhar por si mesmas, de realizar atividades cada vez mais interessantes, complexas, desafiadoras e realizadoras. Essa é a educação que desejamos e que é plenamente viável.

No ensino superior presencial deveríamos mudar o foco: preocupar-nos menos com a transmissão de informação, com dar conteúdo e estimular mais o aluno a pesquisar, a realizar atividades desafiadoras. O ensino através de desafios já é antigo, mas ainda não o aplicamos de verdade.

Não podemos dar tudo pronto no processo de ensino e aprendizagem. Aprender exige envolver-se, pesquisar, ir atrás, produzir novas sínteses fruto de descobertas. O modelo de passar conteúdo e cobrar sua devolução é insuficiente. Com tanta informação disponível, o importante para o educador é encontrar a ponte motivadora para que o aluno desperte e saia do estado passivo, de espectador. Aprender hoje é buscar, comparar, pesquisar, produzir, comunicar.

A sala de aula pode transformar-se em um ambiente de começo e de finalização de atividades de ensino-aprendizagem, intercalado com outros tempos em que os alunos participam de atividades externas – pesquisa, projetos – muitas no ambiente digital.

Com tantos recursos digitais combinar atividades integradas dentro e fora da sala de aula. A informação, a pesquisa, o desenvolvimento de atividades deveriam ser feitas virtualmente. E deixar para a sala de aula a discussão, a apresentação dos resultados, o aprofundamento das questões.

Hoje com a WEB 2.0 temos muitas tecnologias simples, baratas e colaborativas, como o blog, o Google docs e o podcast. Permitem que professores e alunos sejam produtores e divulgadores das suas pesquisas, seus projetos.

Cada professor e aluno pode criar sua página com todos os recursos integrados. Nela o professor pode disponibilizar seus materiais: textos, apresentações, vídeos, grupos de discussão, compartilhamento de documentos, blogs, etc. Com isso, ele pode diminuir o tempo ã transmissão de informações, a aulas expositivas e concentrar-se em atividades mais criativas e estimulantes, como as de contextualização, interpretação, discussão, novas sínteses.

Ao deixar disponível o material no ambiente digital, o professor pode focar mais os pontos críticos, estimular a pesquisa, trabalhar com desafios, projetos, que podem ser realizados dentro e fora da Faculdade, equilibrando a colaboração, o trabalho em grupo com atividades mais personalizadas.

Quando focamos mais a aprendizagem dos alunos do que o ensino, a publicação da produção deles se torna fundamental. Recursos como o portfólio, onde os alunos organizam o que produzem e o disponibilizam para consultas, são cada vez mais utilizados. Blogs, textos colaborativos (Google Docs), YouTube, Twitter são recursos muito interativos de publicação com possibilidade de fácil atualização e participação de terceiros.

O sistema bi-modal, semi-presencial – parte presencial e parte a distância - se mostra o mais promissor para o ensino nos diversos níveis. Combina o melhor da presença física com situações em que a distância pode ser mais útil, na relação custo-benefício. Nos cursos presenciais poderíamos flexibilizar a relação presencial-digital de forma progressiva. No primeiro ano, as atividades aconteceriam mais na sala de aula. Haveria uma ênfase maior na aprendizagem do uso das tecnologias digitais feito no laboratório até o aluno ter o domínio do virtual e poder fazê-lo a distância. Algumas disciplinas teriam no máximo, nesse primeiro ano, vinte por cento de atividades a distância. Do segundo ano em diante, a porcentagem de EAD poderia aumentar até chegar a metade em sala de aula e metade a distância (sem ultrapassar a carga total de vinte por cento a distância, enquanto não mudar a legislação vigente).

Vale a pena rediscutir o limite de 20% de disciplinas online, imposto pelo MEC. Por que 20 e não 30 ou 50? As instituições poderiam flexibilizar seus currículos até chegar a uma carga horária média de 50% para aulas presenciais e 50% a distância. Cada instituição terá de definir qual é o ponto de equilíbrio entre o presencial e o virtual, de acordo com cada área do conhecimento. Isso porque há disciplinas que necessitam mais da presença física, como as que utilizam laboratório ou interação corporal (dança, teatro etc.). O importante é experimentar várias soluções nos diversos cursos.

Sem esse balanceamento, a educação não conseguirá avançar no ritmo necessário para acompanhar a progressiva complexificação da sociedade e das aceleradas mudanças que todos experimentamos. Em todos os currículos, as disciplinas mais centradas no conteúdo podem ser semi-presenciais. Só as de laboratório, de práticas podem ser mais presenciais e, mesmo essas, podem ser pensadas de forma diferente (laboratórios digitais, integrados, ao menos parcialmente).

Este texto está disponível na minha página da USP em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/presencial.html



Comentários

Marli Fiorentin disse…
Professor Moran!
Indiquei a leitura de seu artigo para os meus cursistas do Curso de Blog do Portal Educarede. Eu concordo que ainda temos muito para mudar na educação presencial. Os que resistem à educação à distância provavelmente não a conhecem. É preciso que a educação presencial também seja redimensionada nos modelos da EAD, com muito mais autonomia, interatividade e colaboração por parte dos alunos. Abraço!
Adalgisa disse…
Olá, Professor!!!

Tudo bem?

Destaco miha parte preferida do artigo:
..."No primeiro ano, as atividades aconteceriam mais na sala de aula. Haveria uma ênfase maior na aprendizagem do uso das tecnologias digitais feito no laboratório até o aluno ter o domínio do virtual e poder fazê-lo a distância. Algumas disciplinas teriam no máximo, nesse primeiro ano, vinte por cento de atividades a distância. Do segundo ano em diante, a porcentagem de EAD poderia aumentar até chegar a metade em sala de aula e metade a
distância..."
Pois, penso que muitas vezes esse pouco conhecimento sobre o ambiente virtual de aprendizagem ou medo e insegurança quanto ao uso do computador faz com que muitos alunos desistam de seus sonhos e o contato com as ferramentas da aprendizagem trará a ele segurança, auto estudo, confiança e aprendizagem. Nós como educadores devemos oportunizar os educandos às descobertas dentro das possibilidades de cada indivíduo visando sua formação moral, intelectual e profissional partindo do princípio.

Atenciosamente
Professora Tutotora EAD Adalgisa Bergamin Diples
Imprensa na rede disse…
Olá,

Acredito que já tenha te mandado há alguns meses esta proposta, mas envio de novo caso tenha mudando de opinião. Trabalho em uma empresa de Comunicação e Marketing e gostaria de te propor uma colaboração para uma campanha de publicidade em Blogs, cuja temática é justamente educação. Pagamos 25 euros pelo trabalho.

Por favor, caso esteja interessado, entre em contato comigo no e-mail: tatiana.segala@gmail.com

Atenciosamente,
Tatiana A Dias
José Moran disse…
Marli e Adalgisa:
Obrigado pelas contribuições e pelo apoio para realizar tantas mudanças necessárias na educação presencial.
Abraço
Moran
Antonio disse…
Professor Moran!
Excelente artigo e que nos faz refletir nas mudanças que já vem ocorrendo na Educação Brasileira.
Abraço,
Antonio
Prof. Moran e demais colegas,
Estava lendo um texto sobre o “Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova”, divulgado em 1932, que defendia “[...] a substituição de uma aprendizagem passiva pela construção do conhecimento [...]” (apud MATTAR, 2011), e me peguei refletindo: estamos lutando por isto há tanto tempo!! Faz tanto tempo que percebemos o desgaste da escola tradicional, onde o professor é o detentor do conhecimento. Mesmo assim, ainda encontramos muitos professores e grande parcela da sociedade acomodada na sua posição de poder, preconceituosos perante todas as tentativas de mudança desta realidade. Mas enfim, ainda acredito na possibilidade de mudança!
Karina Camargo disse…
Olá Prof. Moran!!
Sou Assistente Social e confesso que há dois anos atrás tinha preconceito em relação à educação à distância, via este ensino como vago, visão que muitos profissionais tem.
Há 1 ano e meio fui convidada a ser tutora presencial de um curso de serviço social EaD. Sinceramente, no começo tive muita resistência, até conhecer este fascinante mundo da educação!!! Minha opinião mudou radicalmente e hoje vejo que o aluno que cursa a educação a distância tem uma visão muito mais abrangente que o aluno da educação presencial: ele tem muito mais curiosidade, e por utilizar o computar como ferramenta educacional, não se contenta só com o conteúdo obrigatório, ele sai em busca de mais informações como se sedentos de algo mais!!!
Excelente artigo, realmente devemos remodelar a educação para que o estudante tenha maior autonomia na busca da sua formação!
Abraços
Boa noite. Essa semana me perguntaram se eu faria um curso Ead. Respondi com muita certeza "Sim, como já fiz." Creio que esta questão é fruto do preconceito ainda existente quanto a Ead, desconsiderando que para o sucesso de qualquer curso (Ead ou presencial) a autonomia do aluno, seu interesse e comprometimento importam muito.Beijos
Bom dia a todos!
A Educação precisa avançar na mesma velocidade em que os recursos tecnológicos avançam, nas graduações presenciais, muitos recursos são utilizados, e na EAD, isso não pode ser diferente, demanda inclusive o máximo de recursos, para isso a capacitação dos profissionais que lidam com o acadêmico presencialmente, é muito importante para o auxilio do uso das ferramentas aos ambientes virtuais de aprendizagem. Muitas mudanças são necessárias, e cabe aos educadores orientar essa interação!!
Anônimo disse…
Olá!
Também indicarei esse artigo aos alunos dos cursos que trabalho (Administração e Eng. De Produção). Diante da ainda resistência de alguns é importante que leiam mais sobre as propostas da EAD. Realmente é um desafio inserir a EAD num ambiente habituado a educação tradicional, onde de um lado há alunos que reclamam das aulas tradicionais e outros que reclamam dos ambientes virtuais de aprendizagem, os do segundo grupo talvez por ainda não entenderem sua proposta ou por dificuldades em desenvolver autonomia, característica que esta modalidade exige. Mas mesmo diante de muito a ser feito, acredito que algumas barreiras já caíram pois o avanço tecnológico segue em forte ritmo, o número de pessoas com acesso a tais recursos tem crescido e algumas Instituições de Ensino estão incluindo em seus currículos disciplinas em ambientes virtuais. Ainda que a passos lentos estamos avançando na EAD.
Abraços
Mauricio Pugas disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Mauricio Pugas disse…
Prof Moran

Realmente a educação presencial está numa zona de conforto, saudável e ultrapassada. Há necessidade urgente de mudança...O EaD que o diga... Precisamos preparar o aluno para as reais necessidades do mercado, e parar fingir que ensinamos e os alunos fingirem que aprendem... NÃO ADIANTA! o mercado está cada vez mais exigindo competencia...

GRANDE ABRAÇO
Ana Cris disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Ana Cris disse…
Olá Professor Moran,

De fato professor, a realidade hoje "grita" por uma reorganização total da produção e distribuição do conhecimento... o momento, realmente, exige a sensibilidade para se conscientizar da necessidade de superar o paradigma conservador.
Anônimo disse…
Parabéns Professor Moran, seu texto veio sanar muitas dúvidas e inseguranças de uma iniciante no contexto EAD. Iniciei uma Pós Graduação em Metodologias e Gestão para Educação a Distância e devo confessar, no início me sentir um pouco de "pé atrás" com este curso. Sou educadora a alguns anos e digo: trazemos conosco ainda, raizes de uma Educação tradicional, formalizada, presencial, com quadro negro e giz.
É um pouco complicado mudar estes conceitos, porém a cada dia no decorrer deste curso, percebo a seriedade e necessidade de que realmente exista a Educação a Distância. Acredito que através dela, podemos atingir várias classes sociais e de diferentes localizações geográficas, além de formar o aluno pesquisador, aquele que se auto disciplina e corre atrás da aquisição de seus conhecimentos. Estou encantada com seu artigo bem como a EAD como um todo.
Mais uma vez parabéns pelo belo trabalho.
Luciana Ribeiro disse…
Olá Professor,
Indique seu texto para muitos colegas professres que tem preconceito em relação a educação a distância.
Abraços,
Profª. Luciana Ribeiro
Olá Professor,

Fui aluna de um curso presencial e um a Distância, o curso feito pela EAD para mim foi muito mais desafiador e proveitoso, pelo uso constante das tecnologias digitais, facilitando a aprendizagem, pelos desafios, projetos e pesquisa, passei por mudanças na organização de tempo para o estudo, pois não dão conteúdos prontos o aluno tem que estudar e buscar e construir conhecimento.
Prof Paulo disse…
Ola !
Outro dia estava vendo uma pesquisa onde demonstra que os cursos de EAD , tem como caraterísticas pessoas com mais de 30 anos , e que os professores tinham grande dificuldade em acompanhar a evolução tecnologica.
Da parte dos alunos , penso que a maturidade auxilia no entendimento do EAD, pois na base escolar , sempre presencial , não se tem uma melhor conscientização de que durante toda a vida seremos cobrados por resultados individuais que se somam ao coletivo. Já os professores concordo com a zona de conforto , afinal 1 + 1 sempre foi igual a 2. Mas hoje em dia precisamos de pessoas que façam virar 3 , 4....
Prof Paulo disse…
Ola !
Outro dia estava vendo uma pesquisa onde demonstra que os cursos de EAD , tem como caraterísticas pessoas com mais de 30 anos , e que os professores tinham grande dificuldade em acompanhar a evolução tecnologica.
Da parte dos alunos , penso que a maturidade auxilia no entendimento do EAD, pois na base escolar , sempre presencial , não se tem uma melhor conscientização de que durante toda a vida seremos cobrados por resultados individuais que se somam ao coletivo. Já os professores concordo com a zona de conforto , afinal 1 + 1 sempre foi igual a 2. Mas hoje em dia precisamos de pessoas que façam virar 3 , 4....
Prof Paulo disse…
Ola !
Outro dia estava vendo uma pesquisa onde demonstra que os cursos de EAD , tem como caraterísticas pessoas com mais de 30 anos , e que os professores tinham grande dificuldade em acompanhar a evolução tecnologica.
Da parte dos alunos , penso que a maturidade auxilia no entendimento do EAD, pois na base escolar , sempre presencial , não se tem uma melhor conscientização de que durante toda a vida seremos cobrados por resultados individuais que se somam ao coletivo. Já os professores concordo com a zona de conforto , afinal 1 + 1 sempre foi igual a 2. Mas hoje em dia precisamos de pessoas que façam virar 3 , 4....
Professor Moran!!
Parabéns pelo artigo, esse artigo nos faz refletir na maneira que fomos encaminhados para nos tornarmos bons profissionais e de como precisamos estar abertos e inseridos nas novas tecnologias e aprendizados para formarmos futuros profissionais. Ser professor nos dias de hoje não é uma tarefa fácil pois precisamos além de dominar a téoria estarmos inseridos no contexto virtual que os nossos alunos dominam a fim de transmitir de forma interessante o conteúdo pretendido.
Abraço
Gisela disse…
A cada aula percebo como é urgente a mudança de estratégias em sala de aula, aliadas aos recursos que a EaD nos proporcionam. ProfªEsp. Gisela Cantelli
Profº Moran!

Realmente o quadro da educação no país precisa ser repensado e reestruturado, inovar estimulando os alunos para que busquem o saber não por obrigação, mas sim por interesse é um passo facultativo para a construção de um ser humano.
Este comentário foi removido pelo autor.
Sendo a organização e a prática pedagógica elementos báscos importantes para consolidação do ensino aprendizagem se faz necessário o comprometimento e a compreensão do conhecimento de gestores e docentes com a educação. Assim posteriormente teremos indivíduos capazes de caminhar por si só.
Com certeza é lamentável que no mundo em que vivemos cercados de tecnologias, ainda ficamos inerte a tudo isto e insistimos mesmo com uma gama de possibilidade em utilizá-las, estagnamos num modelo de educação “emperrado” onde só o professor expõe o conteúdo, concordo quando refere que devemos proporcionar desafios ao aluno pois as experiências gera crescimento.
PROF. MORAN,

REALMENTE, COM O ADVENTO DO USO DA TECONOLOGIA NO MERCADO DE TRABALHO, A UTILIZAÇÃO DA EAD É IMPRESCINDÍVEL PARA NÃO SÓ OPORTUNIZAR AO ALUNO O ACESSO A NOVAS FORMAS DE CONHECIMENTO, MAS PREPARA-O PARA AS NOVAS EXIGENCIAS DO MERCADO DE TRABALHO. CONCORDO QUE A INCLUSÃO DA EAD DEVE SER GRADUAL ,ESPECIALMENTE NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO QUE AINDA SÃO REALIZADOS NA FORMA PRESENCIAL.
SÓ ASSIM IREMOS ROMPER AS BARREIRAS E PRECONCEITOS A ESTA NOVA FERRAMENTA.
Acho interessante e bem pertinente a abordagem feita com relação a elaboração dos cursos que são oferecidos atualmente , que as faculdades oferecem cursos presenciais muito ultrapassados e incoerentes na formação de seus alunos em profissionais que atendam a verdadeira necessidade do mercado de trabalho. E isso é generalizado , ou seja , em todas as áreas de conhecimento , os cursos são desatualizados e pouco atraentes , fazendo com que o aluno faça mais por obrigação do que necessidade . Há uma necessidade muito grande na adequação e elaboração de cursos que não sejam 100% presenciais , podemos ter cursos de boa qualidade que sejam semipresenciais , dando oportunidade do aluno fazer parte de um mundo digital que existe e que possa fornecer uma base de conhecimento ,preparando o mesmo para ser mais dinâmico , instigando o aluno a pesquisa e ao trabalho em grupo , preparando-o para um mercado de trabalho , distanciando esse aluno daquele perfil de aluno receptor passivo para um aluno recptor ativo , mais criativo e eficiente
Prezado Professor, acredito que temos sim muita coisa para mudar na educação presencial... estamos tentando isso gradativamente com os 20% que o MEC nos autoriza... A educação presencial precisa de mais autonomia, menos currículo, menos processos engessados... Esse tipo de educação como dito vem de longo tempo e não muda. Os alunos também estão pouco preparados para ela... Na realidade muitos ainda não tem acesso a rede... Eu particularmente acredito na educação a distancia... por isso trabalho com ela...Abraço
Professor Moran,lendo esse seu artigo volteir meus pensamentos para os preconceitos a ser vencidos na EAD. Diante da ainda resistência de alguns é importante que leiam mais sobre as propostas dessa modalidade de ensino, esse seu material está passando a mensagem de forma clara e objetiva. Percebo "mudanças" para seres humanos é um ato difícil, dolorido e no campo da educação não é diferente. Como de uma hora para outro eu tenho que começar a estudar através de um computador, e o quadro o giz o professor que está na sala de aula todos os dias, "cobrando a tarefa", danto o visto, fazendo a chamada. Sem contar as barreiras tecnológicas que temos que transpor, tanto aparato, iphone, tablet, ambientes virtuais de aprendizagem e outros aparelhos, termos diferentes que temos que aprender a administrar para alcançar a informação. Embora muitos desafios já foram transpostos temos alguns, na minha opinião acho que o de aproximar a educação presecial da EAD será o caminho.
Abraços
Silvana disse…
Profº Moran, parabéns pelo artigo.
Concordo plenamente com a necessidade urgente de mudança nos cursos presenciais, com a finalidade de envolver e cativar os alunos de forma interativa e não passiva.
Abraço!
Profª Silvana
Boa noite professor,
Como seu aluno tenho pensado constantemente este tema com meus alunos em sala, uma realidade que vislumbramos, é o despreparo e a falta de comprometimento que se inicia na educação presencial e contagia corpo , mente e alma para EaD.
Tenho aprendido e repassado a oportunidade que estamos tendo em aprender, e agora aprender muito mais à distância, para isso se faz necessário mais do que nunca postura, compromisso, responsabilidade, tenho caminhado pensando nisso sabe, acredito ser por aí… Grande abç!
Poli disse…
Não só a educação brasileira necessita de muitas mudanças, como também o modo da sociedade conceber a EAD, muitos com pré conceito não conseguem a ver como um modelo de ensino que proporciona autonomia, colabora para que o aluno construa maior comprometimento e reponsabilidade com seus estudos. Deve se ter mais e maior investimentos na educação em qualquer modalidade, e ainda promover para a sociedade brasileira as diversas maneiras de se buscar o conhecimento.
Professor Moran!

Seu blog com todo esse leque de informações sobre EaD tem me feito olhar de outra maneira as "novas formas de ensinar" ... e aprender também!

Abraço!
Olá, Professor!
Comecei a fazer uma Pós em EaD: Metodologia e gestão em Educação a Distância na Universidade Anhanguera de Valparaíso. ja ouvi críticas sobre a educação a distância, mas depois de estudar mais a fundo sobre o assunto nas primeiras aulas percebi que essas pessoas que criticam é porque não a conhecem. Obrigado.

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