A educação em tempos do Twitter

Com todos os recursos móveis e em rede,
muitas questões nos desafiam como educadores:

1. O papel do professor muda cada vez mais: Ensina menos, orienta mais, articula melhor. Ele se aproxima mais dos alunos, se movimenta mais entre eles.

2. Os tempos das aulas se tornam mais densos, para realizar atividades interessantes, que possam ser pesquisadas, produzidas, apresentadas e avaliadas no mesmo espaço e tempo. São inviáveis as aulas de 50 minutos.

3. As aulas não se resumem só aos momentos presenciais. Aumenta a integração com os ambientes digitais, com os ambientes colaborativos, com as tecnologias simples, fáceis, intuitivas.

4. Os espaços se multiplicam, mesmo sem sair do lugar (múltiplas atividades diferenciadas na mesma sala). O conteúdo pode ser disponibilizado digitalmente. Predominam as atividades em tempo real interessantes, desafios, jogos, comunicação com outros grupos.

5. Há uma exigência de maior planejamento pelo professor de atividades diferenciadas, focadas em experiências, em pesquisa, em colaboração, em desafios, jogos, múltiplas linguagens. Forte apoio de situações reais, de simulações.

6. Ganha importância maior a presença do aluno-monitor, que apóia os colegas e ajuda o professor, tanto nas atividades como nas orientações tecnológicas.

7 Aumenta a integração de ambientes digitais mais organizados (como o Moodle) com recursos mais abertos, personalizados, grupais, informais (web2.0) em todas as etapas de um curso. Para motivar, ilustrar, disponibilizar, pesquisar, interagir, produzir, publicar, avaliar com o envolvimento de todos.

8. Quanto mais tecnologias, maior a importância de profissionais competentes, confiáveis, humanos e criativos. A educação é um processo de profunda interação humana, com menos momentos presenciais tradicionais e múltiplas formas de orientar, motivar, acompanhar, avaliar.

9. É imenso – e mal explorado - o campo de inserção da escola na comunidade, de diálogo com pais, bairro, cidade, mundo, com atividades presenciais e digitais.

10. Podemos ter modelos de organização de aulas, atividades e de materiais formatados para todo o país. Só não podem ser aplicados ao pé da letra nem ficarmos reféns deles. Podem servir como roteiros de orientação dos alunos, personalizando-os, dando-lhes a nossa cara, indo além do que está previsto.

11. A educação continuada, permanente, para todos, formal e informal, presencial e a distância, abre imensos horizontes profissionais, metodológicos, mercadológicos, que mal vislumbramos ainda. Tudo está para ser feito, experimentado e reinventado de forma diferente. A educação pode ser o campo mais fértil da reinvenção, porque todas as pessoas, em todas as idades e condições, precisam desesperadamente de ajuda em múltiplos campos: da formação inicial à super-especializada.

12. Diante de tantas mudanças, tudo o que fizermos para inovar na educação será pouco.

Comentários

Microalgas disse…
Bom dia Professor,
Sou professora PDE 2009/2010 e aluna do curso de Midas (Pós na UFPR)... Este dois anos foram de muitas mudanças, buscas e superações... Aprendi e aprendo muito com a EaD e ter participado de cursos à distância foi de uma importância grandiosa para o desenvolvimento do meu Projeto... Acredito nas mudanças... concordo inteiramente com o seu texto... mas... para que tudo se realize ... o professor precisa ir em busca dos novos conhecimentos... Sem medo e com imensa vontade de aprender...
Um pouco do nosso trabalho do PDE no Blog: http://microalgasprofessoravera.blogspot.com/... Todas as fotos postadas de microalgas são de nossos alunos ... fotografadas no laboratório da escola... para nossa imensa alegria... Parabéns pelos seus textos (eles tem me auxiliado muito)... Um grande abraço
Diana disse…
Você tem toda razão, professor Moran. A era digital está aí... e cada vez mais presente nas nossas escolas. O professor precisa correr contra o tempo para dar conta de acompanhar, processar, mediar todas essas informações num cenário de tecnologias de informação e comunicação em que muitas vezes o aluno chega na frente. Parabéns por suas produções maravilhosas que nos ajudam a refletir a educação como ela se apresenta. Você já se tornou link do blog da minha escola. Todos lá adoram ler seus textos. Um abraço
Anônimo disse…
Prof. Moran,

A necessidade de reestruturar as estratégias didáticas visando atender as inovações educacionais e principalmente atender as variáveis sociais, estão cada dias mais postas como um desafio de auto-aprendizagem e auto-superação ao professor. Hoje não basta mais ser apenas professor, e dominar conteúdo da disciplina, temos que entender um pouco de tudo, e tudo dentro de muito.
Boa noite, prof. Moran. Muito enriquecedor esse texto, pois nos mostra o futuro da EaD: redes sociais.
Olá professor!
É interessante como o assunto EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA permeia formalidade no contexto educativo e a informalidade no contexto social que também possibilita o aprendizado. Mesmo sem saber e sem “querer” milhares de pessoas ao redor do mundo, de diferentes culturas de diferentes costumes praticam a educação a distância, nos sites informais das redes sociais como: facebook, twitter e outros, ou dentre de instituições educacionais em ambos os níveis de ensino. Esse é o jeito diferente de ensinar pessoas diferentes.
Um grande abraço,
Andreia Silva disse…
Saudações Professor Moran!
Saudações para todos os Colegas!

As inovações educacionais são necessárias, entretanto é uma área conservadora e tradicional. Pensar a formação dos novos professores neste contexto é primordial. E pensar a formação em serviço daqueles que já estão no campo é imprescindível. E falo de atitudes básicas, como o uso da internet, de celulares, de redes sociais.
Acredito que o ponto primordial ao qual todos se apegam é como edificar uma Educação a Distância de qualidade, na qual o uso das tecnologias da informação e da comunicação sejam pontes para a construção de novos conheciemtos. E ainda, que está modalidade educacional forme alunos criticos e criadores.
Impossível é fechar os olhos para o que está em curso. Necessário lutar pela construção de uma educação ética e democrática tanto para alunos como para educadores.
Grande abraços a todos!
Adriana Gandin disse…
Gostei muuuito do texto!! ;-)
Niuza Eugênia disse…
Querido Prof.Moran,
Agradeço pelo seu texto. Já criei uma postagem com link em meu blog "Informática na Prática Pedagógica".
Gostaria de destacar a importância da Formação Continuada neste processo. Sinto que ainda há muita resistência dos profissionais da educação em exercício, o que faz com que a escola ainda seja muito distante da realidade.Falta investimento sobretudo em cursos de formação continuada!!
Obrigada mais uma vez1
Anônimo disse…
A internet en si é boa , mais tbm não é a coisa mais importante pois ela em sir não tem capacidade de ensinar um aluno ...
mais por si tbm é importante pq aprendemos mais , buscamos mais informações sobre coisas antigas que não sabiamos ... a internet esta cada vez mais presente em escolas etc. Mais o professor de ve saber que ele não pode se basiar somente ta enternet , pq se não a aprendizagem de antes não mais ira sevir , a educaçã na sala de aula é muito importante .E ainda, que está modalidade educacional forme alunos criticos e criadores.
Impossível é fechar os olhos para o que está em curso. Necessário lutar pela construção de uma educaçã .
Kátia Gonzaga disse…
Professor,
realmente o papel e a atitude do professor deve se sintonizar com essas novas exigências e tendências da realidade, mas, infelizmente a formação desse professor mal dá conta da realidade anterior... Formadores e formandos nos cursos de formação de professores não têm como dar o que não receberam...É urgente repensar essa formação, para que esse professor do qual fala seja uma realidade! Saudações, Kátia Gonzaga
Kátia Gonzaga disse…
Professor,
realmente o papel e a atitude do professor deve se sintonizar com essas novas exigências e tendências da realidade, mas, infelizmente a formação desse professor mal dá conta da realidade anterior... Formadores e formandos nos cursos de formação de professores não têm como dar o que não receberam...É urgente repensar essa formação, para que esse professor do qual fala seja uma realidade! Saudações, Kátia Gonzaga

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