Tecnologias para realizar mudanças profundas na educação

Numa sociedade cada vez mais conectada, ensinar e aprender podem ser feitos de forma muito mais flexível, ativa e focada no ritmo de cada um. As tecnologias móveis desafiam as instituições a sair do ensino tradicional em que o professor é o centro, para uma aprendizagem mais participativa e integrada, com momentos presenciais e outros a distância, mantendo vínculos pessoais e afetivos, estando juntos virtualmente. Podemos ir menos dias à universidade e continuar aprendendo de forma significativa. Isso implica em ampliar a restrição dos vinte por cento a distância nos cursos presenciais, em mudar o currículo presencial, as metodologias de organização do ensinar e aprender (também no ensino médio). Os cursos serão cada vez mais semi-presenciai e a distância, mas sempre com tecnologias em rede leves e móveis.

As tecnologias digitais facilitam a pesquisa, a comunicação e a divulgação em rede. Temos as tecnologias mais organizadas, como os ambientes virtuais de aprendizagem – como o Moodle e semelhantes– que permitem que tenhamos um certo controle de quem acessa ao ambiente e do que precisa fazer em cada etapa de cada curso. Além desses ambientes mais formais, há um conjunto de tecnologias, que denominamos popularmente de 2.0, mais abertas, fáceis, gratuitas (blogs, podcasts, wikis...) , onde os alunos podem ser protagonistas dos seus processos de aprendizagem e que facilitam a aprendizagem horizontal, isto é, dos alunos entre si, das pessoas em redes de interesse, etc. A combinação dos ambientes mais formais com os informais, feito de forma integrada, nos permite a necessária organização dos processos com a flexibilidade da adaptação à cada aluno.

Todos os processos se digitalizam, tanto os administrativos como os pedagógicos, tudo se integra com tudo, tudo e todos podem falar com todos. Isso agiliza a tomada de decisões, permite a horizontalização de processos de envolvimento de todos, diminui a burocracia, torna as estruturas físicas mais compactas e as acadêmicas mais leves. Nos mesmos prédios podemos colocar muitos mais alunos, porque pode ser programada uma maior rotatividade de ocupação de espaços, uma diminuição de tempos necessários de estarmos todos juntos nos mesmos lugares e tempos. Precisamos tornar a organização curricular mais semipresencial e flexível, com metodologias mais centradas nos alunos, na colaboração e na adequação a ritmos de aprendizagem diferentes.

Tudo isso exige mudanças organizacionais e legais profundas, que até agora não foram encaradas de verdade tanto pelos legisladores, pelos órgãos educacionais reguladores como pelos mantenedores e gestores educacionais. Essas mudanças profundas ainda estão só no começo e nos desafiam a todos a sermos cada vez mais criativos e empreendedores.

Comentários

Olá, boa tarde.
Gostei de seu espaço, pretendo voltar mais vezes e dar uma lida com calma. Já vi que tem artigos interessantes.
Que os bons ventos soprem a favor da Educação neste ano de 2010 porque a coisa está preta.
FOI DESSE JEITO QUE EU OUVI DIZER... aproveita para desejar um BOM FINAL DE SE<MANA.
Saudações Florestais !
muito bom este blog...recomendo a diversos publico..
abrass Moran
* Edméia * disse…
*Moran, bom dia !!! *

Gostei deste teu texto ! Todavia,

como professora de uma escola

pública do Estado de SP, afirmo-

lhe que o uso do quadro-negro e

do giz ainda é diário e

necessário !!!

Acredito que daqui a algumas

décadas cada aluno irá para a

escola com o seu notebook e a

aula será melhor !!! Mas ... isso

será daqui a algumas décadas !!!

*Ótima quarta-feira !!!

*Fiques com Deus.

*Um abraço.
Unknown disse…
Olá, acredito que as redes digitais possibilitam uma aprendizagem mais siginificativa e interativa. Atualmente trabalho com EAD em cursos interdisciplinares na formação e atualização de educadores de duas redes municipais e experencio um grande interesse nas trocas de experiências e vivências das práticas, evidenciando assim suas teorias.
É um grande prazer trocar informações nesse blog e relatar uma reinvenção humanistica de integração e interação através dos meios tecnológicos.
É com prazer imenso que deixo meu depoimento.
Um grande abraço.
Meu email: lis611@hotmail.com
Professora, coordenadora/tutora de cursos em EAD, pós graduanda em supervisão escolar.
Anônimo disse…
Oi Professor! Sou educadora da rede estadual e atualmente faço duas especializações à Distância e leio muito seus textos os quais só enriquecem minha aprendizagem. Parabéns pelo sua contribuição na educação de qualidade.
Nilda
Luiz Artur disse…
Parabéns pelas suas publicações sobre tecnologias na educação, comecei ontem minha pós em Mídias na Educação e seus textos são sempre citados em nossos debates. Agora estou "folheando" seu blog em busca de mais assuntos que posso levar para debates tanto em minha sala quanto aluno quanto em minha sala como professor. Abraços!
Marines disse…
Olá, boa tarde, gostei da forma como você colocou no texto o uso da tecnoligia na educação, o estudo a distancia ou semi presencial é o futuro da educação.
Marines disse…
Olá, boa tarde, gostei da forma como você colocou no texto o uso da tecnoligia na educação, o estudo a distancia ou semi presencial é o futuro da educação.
Unknown disse…
Olá! professor Moran!
Já há algum tempo que sou leitora assídua de seus artigos, são muito interessantes e atuais. Usar os ambientes virtuais como apoio para as aulas presenciais oportuniza aos alunos desenvolverem certas habilidades consideradas essenciais para o desenvolvimento humano, como: empreender, elaborar, pesquisar, compartilhar...
Parabéns! seu trabalho é excelente!
Neide
Marco Ananias disse…
Parabens!!! Vamos trabalhar pra esse Presente Futuro virar Atualidade!
lucy disse…
Oi professor?
estou trabalhando justamente em um projeto de elaboração de um blog pelos alunos,o objetivo é estimulá-los a buscar informações, discutir a confiabilidade das fontes e promover a divulgação dos conteúdos nas redes sociais.Os trabalhos do Sr. tem sido norteadores em minhas pesquisas, muito obrigado por compartilhar seus ideais educativos.
Lucy
Unknown disse…
Boa noite professor Moran!
Gostei muito do texto, principalmente quando se refere a aprender sozinho. Entendo que cada pessoa tem seu diferencial, alguns tem mais facilidade em aprender em grupo, outros sozinho, eu por exemlo tenho mais facilidade em desenvolver minhas habilidades e conhecimentos quando estou nsozinha e isto um ambiente virtual pode ofereçer.

Obrigada e parabéns por defender esta tese.

Um abraço.
Alessandra Souza disse…
Gostei inovação sem deixar d lado o humano. do processo.
Alessandra Souza disse…
A proposta é boa, mas até chegar a ser uma realidade demora. Nas escolas particulares isso já está mais presente no di a dia, No ensino público acredirt que ainda vai ser há passos muito lento.
Alessandra Souza disse…
Gostei inovação sem deixar d lado o humano. do processo.
Lenilson Xavier disse…
Que visionário! Estamos em 2012 e o processo segue como descrito no texto.
nilso disse…
Acredito que com muito esforço e bom senso dos governantes,em aprovarem mais recursos para a educação, ampliando as redes de acesso a essa tão falada inclusão digital solucionaria o problema,e essas redes digitais, possibilitariam uma aprendizagem mais significativa e interativa. Os cursos á distância forma e atualiza os educadores, favorece a troca de experiências e de informações. Para que aconteça uma educação de qualidade é preciso que todos tenham acesso sem discriminação.

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