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Mostrando postagens de junho, 2009

Todos somos educadores

Num sentido amplo, todos somos educadores. Somos "educadores", porque ensinamos - consciente ou inconscientemente - formas mais ou menos interessantes de viver, que podem servir de estímulo para evoluir ou de pretexto para manter-se na mediocridade. Somos educadores, quando vamos nos construindo como pessoas melhores, mais equilibradas, mais competentes profissionalmente, emocionalmente, socialmente. Somos educadores de nós mesmos, se vivemos cada etapa da vida com coerência, aprendendo a lidar com nossas dificuldades, contradições, defeitos, e avançamos, no ritmo possível, tornando-nos pessoas mais afetivas, engajadas, realizadas. Somos educadores, quando contribuímos para motivar as pessoas que estão perto de nós, quando transmitimos esperança, quando ensinamos valores humanizadores, principalmente pelas nossas ações. Somos educadores, quando construímos uma trajetória pessoal, familiar, profissional e social digna, crescente e rica em todas as dimensões. Muitos não acredit

Por que as mudanças são tão lentas na educação?

Por que numa época de grandes mudanças sociais, elas acontecem de forma tão lenta na educação? Por que profissionais educacionais bem preparados demoram para executar mudanças pedagógicas e gerenciais necessárias? Mudanças dependem de uma boa gestão institucional com diretrizes claras e poder de implementação, tendo os melhores profissionais, bem remunerados e formados (realidade ainda muito distante). Mas um dos caminhos que pode esclarecer algumas dificuldades da mudança pessoal é que as pessoas têm atitudes diferentes diante do mundo, da profissão, da vida. Em todos os campos encontramos profissionais com maior ou menor iniciativa, mais ou menos motivados, mais convencionais ou proativos. Nas instituições educacionais – organizações cada vez mais complexas - convivem gestores e professores com perfis pessoais e profissionais bem diferentes. Numa primeira análise, constatamos que existem, basicamente, dois perfis profissionais (com diferentes variáveis e justificativas):

Aprendendo e ensinando a ser livres

A pior forma de escravidão é a de sentir-nos prisioneiros de um horizonte estreito, fechado, medroso e desesperançador ; sem acreditar que todos temos condições de mudar, que nossa vida pode ser muito mais interessante e que isso está ao alcance de cada um de nós.  Vejo gente demais sofrendo demais por situações que podem ser superadas, mas que para elas são definitivas. Não percebem que podem levar uma vida diferente, acreditam num fatalismo imobilizador, sem chances reais de serem mais felizes e realizadas. Sonham todos os sonhos possíveis nas novelas, mimetizam os personagens de sucesso, mas sentem-se intimamente impotentes para fazerem mudanças profundas, a não ser pela sorte ou pelo reconhecimento social (ser visto, aparecer na TV) e se contentam com “ir tocando a vida como ela é”. Este país precisa de uma segunda libertação da escravidão: da escravidão das expectativas medíocres, de contentar-se com migalhas , de acreditar que só uns poucos privilegiados podem conseguir tudo, e